Fausto: Uma Tragédia पीडीएफ जोहान वोल्फगैंग गोएथे
Fausto: Uma Tragédia – Primeira Parte
"Último grande poema dos tempos modernos", no dizer de Otto Maria Carpeaux, o Fausto de Goethe está para a modernidade assim como a Comédia de Dante para a Idade Média. Representa não só a obra máxima de seu autor, mas a suma do conhecimento e das aspirações de sua época.
A presente edição do Fausto I, bilíngue, devolve ao leitor brasileiro a elogiada tradução de Jenny Klabin Segall, isenta dos equívocos tipográficos acumulados em sucessivas reedições, e acrescida de apresentação, comentários e notas de Marcus Vinicius Mazzari. Além disso, traz ainda as famosas litografias de Delacroix e o chamado "Saco de Valpúrgis" -, versos blasfemos que, num gesto de autocensura do próprio Goethe, permaneceram à margem da edição canônica de 1808, agora publicados pela primeira vez em nosso país.
Sobre o autor
Johann Wolfgang von Goethe nasceu em Frankfurt, em 1749. Representante maior da literatura alemã, publicou, entre muitas outras obras, Os sofrimentos do jovem Werther (1774), Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister (1796), a primeira parte do Fausto (1808), As afinidades eletivas (1809), Os anos de peregrinação de Wilhelm Meister (1821-1829), Viagem à Itália (1816-1829), a autobiografia Poesia e verdade (1811-1831) e uma coletânea de 250 poemas amorosos, Divã ocidental-oriental (1819). Após sessenta anos de trabalho, Goethe concluiu a segunda parte do Fausto poucos meses antes de morrer, a 22 de março de 1832, em Weimar.
Sobre o ilustrador
O mais célebre pintor romântico francês do século XIX, Eugène Delacroix nasceu em Charenton-Saint Maurice, perto de Paris, a 26 de abril de 1798. Estudou na École des Beaux-Arts, identificada ao Neoclassicismo, então a arte oficial do Império, mas desde cedo manifestou maior afinidade com as composições tumultuadas de Rubens do com o equilíbrio e serenidade de Rafael, então em voga. Assim, afastou-se progressivamente dos modelos neoclássicos, ligando-se sobretudo a Théodore Géricault (1791-1824).
Suas telas mais famosas são Dante e Virgílio nas regiões infernais (1822), O massacre de Scio (1824), As mulheres de Argel (1834) e, sobretudo, A Liberdade guiando o povo (1831).
Morreu em 13 de agosto de 1863. Seu Diário, publicado em 1893-95, será reconhecido como um dos mais penetrantes registros já feitos por um artista acerca de suas próprias concepções da arte, da poesia, da música e da pintura.