Epistemologia genetica sabedoria e ilusões da filosofia problemas de psicologia genetica

Epistemologia genetica sabedoria e ilusões da filosofia problemas de psicologia genetica pdf

Автор:

Жан Пиаже

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португальский

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Социальные науки

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86

Раздел:

психология

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Жан Пиаже был швейцарским психологом, родился 9 августа 1896 года в Невшателе, Швейцария. Его первый интерес к зоологии, когда он был молодым человеком, опубликовал статью, в которой он рассказывает о своих наблюдениях над альбиносом, написал много публикаций. в отношении моллюсков и завоевала восхищение многих, и к 15 годам она приобрела известность среди европейских зоологов, поскольку он изучал зоологию и философию и получил степень доктора философии в Университете Невшателя в 1918 году. Психолог и генетик лучший известен своей теорией когнитивного развития, в которой рассматривалось интеллектуальное развитие детей. До его теории дети считались маленькими взрослыми, но Пиаже предложил идею о том, что дети думают совсем иначе. О том, как думают взрослые, и эта теория повлияла на развитие психологии и стал ее отраслью, и внес большой вклад в сферу образования, и был известен как пионер в теории конструктивизма, которая указывает на то, что люди накапливают свои знания Активно опираясь на их идеи и опыт, он начал проявлять интерес к естественным наукам в раннем возрасте, в возрасте одиннадцати лет, начав свою исследовательскую деятельность, когда он написал об альбиносах.

Описание книги

Epistemologia genetica sabedoria e ilusões da filosofia problemas de psicologia genetica pdf Жан Пиаже

JEAN PIAGET A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA SABEDORIA E ILUSÕES DA FILOSOFIA PROBLEMAS DE PSICOLOGIA GENÉTICA Traduções de Nathanael C. Caixeiro, Zilda Abujamra Daeir, Celia £ . A. Di Piero 1983 EDITOR: VICTOR CIVITA CIP-Brasil. Catalogação-na-Publicaçâo Câmara Brasileira do Livro, SP P642e 2.ed. Piaget, Jean, 1896-1980. A epistemologia genética / Sabedoria e ilusões da filoso­ fia ; Problemas de psicologia genética ; Jean Piaget ; traduções de Nathanael C. Caixeiro, Zilda Abujamra Daeir, Celia E. A. Di Piero. — 2. ed. — São Paulo : Abril Cultural, 1983. Os pensadores Inclui vida e obra de Piaget. Bibliografia. 1. Cognição (Psicologia infantil) 2. Filosofia 3. Inteligência 4. Pensamento 5. Piaget, Jean, 1896-1980 6. Psicologia genética I. Título: A epistemologia genética. II. Título: Sabedoria e ilusões da filosofia. III. Título: Problemas de psicologia genética. IV. Série. 83-0262 CDD-155.413 -100 -150.92 -155 índices para catálogo sistemático: 1. Cognição : Desenvolvimento : Psicologia infantil 155.413 2. Crianças : Desenvolvimento cognitivo : Psicologia infantil 155.413 3. Desenvolvimento intelectual : Crianças : Psicologia infantil 155.413 4. Filosofia 100 5. Inteligência : Desenvolvimento : Psicologia infantil 155.413 6. Psicologia genética 155 7. Psicólogos : Biografia e obra 150.92 Títulos originais: L ’Épistémologie Génétique Sagesse et Illusions de la Philosophie Problèmes de Psychologie Génétique © Copyright desta edição, Abril S.A. Cultural e Industrial, São Paulo, 1978. — 2? edição, 1983. Textos publicados sob licença de Presses Universitaires de France, Paris, e Editora Vozes Ltda., Petrópolis (A Epistemologia Genética)', Presses Universitaires de France, Paris, e Difel Difusão Editorial S.A., São Paulo (Sabedoria e Ilusões da Filosofia); Denoêl, Paris, e Editora Forense Universitária Ltda., Rio de Janeiro (Problemas de Psicologia Genética). Traduções publicadas sob licença da Editora Vozes Ltda., Petrópolis (A Epistemologia Genética); Difel Difusão Editorial S.A., São Paulo (Sabedoria e Ilusões de Filosofia); Editora Forense Universitária Ltda., Rio de Janeiro (Problemas de Psicologia Genética). Direitos exclusivos sobre “Piaget — Vida e Obra” , Abril S.A. Cultural e Industrial, São Paulo. PIAGET VIDA E OBRA Consultoria: Rosa María Slefanini Macedo Em 1955, foi fundado em Genebra um centro de altos estudos, sob os auspícios da Fundação Rockefeller. Nele, reúnem-se pesquisadores de todo o mundo que tratam dos mais diversos assun­ tos, desde fatos aparentemente simples, como as primeiras palavras pronunciadas pelos bebês, até os complicados problemas teóricos de cibernética. Trata-se de uma instituição dedicada a assuntos interdis- ciplinares, estudando inclusive a teoria da informação, a formação dos raciocínios recorrenciais, a teoria das ligações analíticas e sintéti­ cas, a epistemologia do tempo e do espaço, a aprendizagem das es­ truturas lógicas e a teoria das probabilidades. Tão ampla variedade de assuntos, no entanto, não dá como resultado uma simples so­ matória de investigações; pelo contrário existe um denominador co­ mum que unifica todas as contribuições em torno de uma disciplina só: a Epistemologia Genética, criada por Jean Piaget. Piaget definiu a si mesmo como um "antigo-futuro-filósofo que se transformou em psicólogo e investigador da gênese do conheci­ mento". Essa definição e as razões da transformação são apresenta­ das por ele no livro Sabedoria e Ilusões da Filosofia, publicado em 1965. Nesse livro, Piaget desenvolve a tese de que a filosofia é uma "sabedoria" indispensável aos seres racionais, mas que não atinge um "saber" propriamente dito, provido das garantias e dos métodos de controle, característicos do que se denomina "conhecimento". As razões dessa ausência de controle poderíam ser encontradas no divórcio entre as ciências e a filosofia, cujas ligações caracteriza­ ram os grandes sistemas do passado. Não é desprovido de senso, diz Piaget, "pensar que foi a orientação biológica de Aristóteles e a orientação matemática de Platão que justificaram diferenças essen­ ciais em seus sistemas". Assim, o pensamento cartesiano não pode ser compreendido sem a matemática, e o criticismo kantiano, sem a física newtoniana. Na filosofia dos séculos XIX e XX, entretanto, essas ligações foram rompidas pela maior parte dos filósofos e surgiram conflitos que retardaram o desenvolvimento das disciplinas que pre­ tendem ser científicas. Piaget chegou à conclusão de que, sob o con­ junto extremamente complexo de fatores que intervém nesses confli­ tos, reencontra-se sempre o mesmo problema: "em que condições pode-se ter o direito de falar de conhecimento e como salvaguardá-lo contra os perigos interiores e exteriores que não cessam de ameaçá-lo?" E acrescenta: "... quer se trate de tentações interiores VIII PIAGET ou de coações sociais de toda espécie, esses perigos perfilam-se em torno de uma mesma fronteira, surpreendentemente móvel ao longo das idades e das gerações, mas não menos essencial ao futuro do sa­ ber: aquela que separa a verificação da especulação". Por essas razões, Piaget diz que se "desconverteu", transforman­ do-se de um "antigo-futuro-filósofo" em psicólogo e, sobretudo, em investigador das estruturas e da gênese do conhecimento. Em Lógica e Conhecimento Científico (1966), o próprio Piaget, de maneira am­ pla, define a epistemologia genética como o "estudo da passagem dos estados inferiores do conhecimento aos estados mais complexos ou rigorosos". Em outras palavras, Piaget propõe o retorno às fontes e à gênese propriamente dita do conhecimento, do qual a epistemo­ logia tradicional conhecia apenas os estados superiores, isto é, certas resultantes finais de um complexo processo de formação. Tal projeto situa-se em dois planos distintos, que se interpenetram e se explicam mutuamente: de um lado, a história do pensamento científico, de ou­ tro, o estudo experimental do desenvolvimento da inteligência, desde o nascimento até a adolescência. Piaget demonstrou que se pode tra­ çar um paralelo entre esses dois planos. O conceito de causalidade, por exemplo, teria sofrido um processo de transformação, desde a teoria aristotélica até a física probabilística do século XX, e as etapas dessa transformação seriam fundamentalmente as mesmas que as encontradas no desenvolvimento do pensamento infantil. A epistemologia genética criada por Piaget não é, assim, uma disciplina filosófica, como a epistemologia tradicional. Em primeiro lugar, porque se afasta de toda especulação, estudando a gênese das estruturas e dos conceitos científicos, tal como de fato se consti­ tuíram em cada uma das ciências; em segundo lugar, porque procura desvendar através da experimentação os processos fundamentais de formação do conhecimento na criança. A epistemologia genética também não é uma ciência entre outras, mas uma matéria interdisci- plinar que se ocupa com todas as ciências. Essa unificação realizada por Piaget e, sobretudo, esse processo de gênese dos conhecimentos — que vai da simples constatação de fatos concretos até as mais altas abstrações — até certo ponto iden­ tificou-se com sua própria vida. Dos moluscos à lógica formal Nascido em Neuchâtel, Suíça, a 9 de agosto de 1896, Piaget, des­ de muito cedo, se interessou pelas ciências. Seu primeiro trabalho científico surgiu quando tinha dez anos de idade: era uma nota sobre um pardal totalmente albino que observara num parque público. Pouco depois, ofereceu-se como voluntário para trabalhar como as­ sistente do diretor do Museu de Ciências Naturais de Neuchâtel. Du­ rante os quatro anos seguintes, publicou aproximadamente vinte arti­ gos sobre moluscos e temas zoológicos afins. Seu interesse, entretan­ to, não se limitava aos moluscos, estendendo-se ao campo da reli­ gião, da biologia, da sociologia e da filosofia; adolescente ainda, co­ VIDA E OBRA IX meçou a ler Bergson (1859-1941). Na universidade de Neuchâtel, Piaget licenciou-se em 1915, doutorando-se três anos depois com uma tese sobre os moluscos de Valois. Os estudos de biologia fizeram-no suspeitar de que os proces­ sos de conhecimento poderíam depender dos mecanismos de equilíbrio orgânico; por outro lado, Piaget convenceu-se de que tanto as ações externas quanto os processos de pensamento admitem uma organização lógica. Elaborou, então, um ensaio sobre o equilíbrio do todo e suas partes, sem entretanto conhecer a teoria da Gestalt, que se ocupava do mesmo problema e já havia alcançado celebridade na Alemanha. De Neuchâtel, Piaget foi para Zurique, onde passou alguns me­ ses estudando psicologia nos laboratórios de G. E. Lipps e Wreschner e na clínica psiquiátrica de Bleuler (1857-1939). Esses estudos firma­ ram-lhe a convicção de que a psicologia experimental poderia ser útil bastante para sua vocação de epistemólogo. Dirigiu-se então a Paris, onde estudou filosofia com André Lalande (1867-1936) e trabalhou com a padronização do teste de raciocínio de Burt, no laboratório criado por Alfred Binet (1875-1911). Lalande interessou-se por seus es­ tudos, cujos resultados foram publicados numa série de quatro arti­ gos, entre 1921 e 1922. Nessa época, Piaget convenceu-se de que o caminho para conciliar a filosofia e a psicologia deveria ser buscado na experimentação. Um de seus trabalhos desse período foi publica­ do nos Arquivos de Psicologia de Genebra, e Claparède (1873-1940), seu editor, impressionado pela originalidade do escrito, propôs-lhe o ingresso no Instituto Jean-Jacques Rousseau de Genebra, em 1921. Aí Piaget encontrou tempo e liberdade suficientes para desenvolver seus estudos sobre a criança, iniciando uma série de trabalhos que lhe deram fama mundial. Em 1925, Piaget foi nomeado titular de Filosofia em Neuchâtel, onde lecionou até 1929, dando também aulas de psicologia e socio­ logia, sem deixar a investigação experimental sobre lógica e ontolo­ gia infantis, no laboratório de Genebra. Além disso, continuou seus trabalhos com moluscos, publicando importantes artigos sobre o assunto. Em 1929, voltou a ocupar um cargo de dedicação exclusiva na Universidade de Genebra, primeiro como Diretor Assistente e depois como codiretor do Instituto Jean-jacques Rousseau. De 1929 a 1939, além de desempenhar funções administrativas, Piaget foi professor de história do pensamento científico, intensificando seus estudos so­ bre história das matemáticas, da física e da biologia e redigindo seus primeiros trabalhos sobre epistemologia genética. Também foi no­ meado, em 1929, diretor do Departamento Internacional de Edu­ cação, cargo que lhe deu oportunidade de tentar introduzir suas des­ cobertas sobre o desenvolvimento das crianças nas práticas educati­ vas. Com esse fim, nas décadas posteriores, Piaget e seus colaborado­ res escreveram inúmeros livros. Em 1936 a Universidade de Harvard concedeu-lhe o título de Doutor Honoris Causa. Durante o período da guerra, desenvolveu suas idéias sobre as estruturas lógicas relativas à física elementar. De 1939 a 1952, foi professor de sociologia da Faculdade de Ciências X PIAGET Econômicas da Universidade de Genebra. Em 1940, tornou-se diretor do Laboratório de Psicologia Experimental dessa Universidade, como sucessor de Claparède, e continuou também como editor dos Arqui­ vos de Psicologia junto com André Rey e Lambercier. Foi também eleito presidente da Sociedade Suíça de Psicologia e codiretor da Re­ vista Suíça de Psicologia. Após a guerra, a Universidade de Paris de­ signou-o para suceder a Merleau-Ponty (1908-1961). Em 1950, além de diversos livros sobre psicologia e psicologia da criança, sozinho ou com colaboradores, Piaget já havia publicado a Introdução à Lpiste- mologia Genética em três volumes e o Tratado de Lógica. Seu projeto de elaborar uma epistemologia baseada nas ciências positivas con­ cretizou-se em 1955 quando foi inaugurado o Centro Internacional de Epistemologia Genética, sob os auspícios da Fundação Rocke­ feller. Piaget morreu em 16 de setembro de 1980. A noção de "egocentrismo" As obras A Linguagem e o Pensamento da Criança (1923), O juízo e o Raciocínio da Criança (1924), A Representação do Mundo na Criança (1924), A Causalidade Lísica na Criança (1927), O juízo Moral na Criança (1932), já mostram a preocupação de Piaget com a teoria do conhecimento, embora representem muito mais a constatação das características do pensamento infantil. Desses estudos surgiu a noção de "egocentrismo", que desempenha papel essencial na epis­ temologia genética de Piaget, porque implica a noção de centraçâo e descentração, isto é, a capacidade da criança de considerar a realida­ de externa e os objetos como diferentes de si mesma e de um ponto de vista diverso do seu. O egocentrismo na linguagem infantil impli­ ca a ausência da necessidade, por parte da criança, de explicar aqui­ lo que diz, por ter certeza de estar sendo compreendida. Da mesma forma, o egocentrismo é responsável por um pensamento pré-lógico, pré-causal, mágico, animista e artificialista. O raciocínio infantil não é nem dedutivo nem indutivo, mas transdutivo, indo do particular ao particular; o juízo não é lógico por ser centrado no sujeito, em suas experiências passadas e nas relações subjetivas que ele estabelece em função das mesmas. Os desejos, as motivações e todas as carac­ terísticas conscientes, morais e afetivas são atribuídas às coisas (ani- mismo). A criança pensa, por exemplo, que o cão late porque está com saudades da mãe. Por outro lado, para as crianças até os sete ou cinco anos de idade, os processos psicológicos internos têm realida­ de física: ela acha que os pensamentos estão na boca ou os sonhos estão no quarto. Dessa confusão entre o real e o irreal surge a expli­ cação artificialista, segundo a qual, se as coisas existem é porque al­ guém as fez. Notando as semelhanças entre os processos que condicionam a evolução lógica e a idéia de realidade plasmada pela criança, Piaget conclui que a construção do mundo objetivo e a elaboração do ra­ ciocínio lógico consistem na redução gradual do egocentrismo, em VIDA E OBRA XI favor de uma socialização progressiva do pensamento; somente com essa descentração das noções, a criança pode chegar ao estágio da lógica operacional. Do ponto de vista do juízo moral observa-se que, a princípio, a moral é totalmente heterônoma, passando a autonôma na medida em que a criança começa a sair do seu egocentrismo e compreender a necessidade da justiça equânime e da responsabilidade individual e coletiva, independentes da autoridade ou da sanção imposta. A estrutura do universo: inteligência e adaptação Em uma segunda etapa de seu caminho no sentido de constituir uma epistemologia genética, Piaget abordou os problemas relativos à formação da inteligência infantil. Os resultados de suas investiga­ ções encontram-se em várias obras, nas quais mostra como se desen­ volve o pensamento lógico da criança, base de sua epistemologia genética: O Nascimento da Inteligência (1936), A Construção do Real na Criança (1937), A Cênese da Noção de Número, em colaboração com Szeminska e Inhelder (1941), O Desenvolvimento das Quantida­ des Físicas na Criança (1941), Classes, Relações e Números (1942) e Formação do Símbolo na Criança (1945). Para Piaget, inteligência é adaptação e sua função é estruturar o universo, da mesma forma que o organismo estrutura o meio ambien­ te, não havendo diferenças essenciais entre os seres vivos, mas so­ mente tipos específicos de problemas que implicam em níveis diver­ sos de organização. As estruturas da inteligência mudam através da adaptação a situações novas e têm dois componentes: a assimilação e a acomodação. Piaget entende o termo assimilação com a acepção ampla de uma integração de elementos novos em estruturas ou es­ quemas já existentes. A noção de assimilação, por um lado, implica a noção de significação e por outro expressa o fato fundamental de que todo conhecimento está ligado a uma ação e de que conhecer um objeto ou um acontecimento é assimilá-lo a esquemas de ação. Em outros termos, conhecer, para Piaget, consiste em operar sobre o real e transformá-lo, a fim de compreendê-lo, em função do sistema de transformação a que estão ligadas todas as ações. Piaget denomi­ na esquema de ação aquilo que numa ação é transponível, genera- lizável ou diferenciável de uma situação para a seguinte, ou seja, o que há de comum nas diversas repetições ou aplicações da mesma ação. Se alguns esquemas são simples (talvez inatos e de natureza re­ flexa), a maioria deles não corresponde a uma montagem hereditária acabada; pelo contrário, são construídos pouco a pouco pelo in­ divíduo, dando lugar a diferenciações através de acomodações a si­ tuações novas. A acomodação define-se como toda modificação dos esquemas de assimilação, por influência de situações exteriores. Toda vez que um esquema não for suficiente para responder a uma situação e re­ solver um problema, surge a necessidade do esquema modificar-se em função da situação. Exemplo: para o bebê aprender a chupar um XII PIAGET canudinho diferente da mamadeira, deve haver uma acomodação do esquema de chupar. Assimilação e acomodação são, portanto, mecanismos comple­ mentares, não havendo assimilação sem acomodação, e vice-versa. A adaptação do sujeito ocorre através da equilibração entre esses dois mecanismos, não se tratando, porém, de um equilíbrio estático, mas sim essencialmente ativo e dinâmico. Em termos mais precisos, trata-se de sucessões de equilibração cada vez mais amplas, que pos­ sibilitam as modificações dos esquemas existentes, a fim de atender à ruptura de equilíbrio, representada pelas situações novas, para as quais não exista um esquema próprio. O nascimento da inteligência Em toda a análise do processo de formação das estruturas inte­ lectuais, ou seja, da inteligência, desempenha papel fundamental a noção piagetiana de estágio. O estágio foi definido por Piaget como forma de organização da atividade mental, sob seu duplo aspecto: por um lado, motor ou intelectual, por outro, afetivo. Do nascimento até a adolescência, Piaget distingue três estágios do desenvolvimento. O primeiro é o estágio sensório-motor (do nasci­ mento até dois anos). O segundo divide-se em dois sub-estágios: o de preparação para as operações lógico-concretas (2 a 7 anos) e o de operações lógico-concretas (de 7 anos até a adolescência). A partir da adolescência e até a idade adulta, configura-se o estágio da lógica formal, quando o pensamento lógico alcança seu nível de maior equilibração, ou seja, de operatividade, adquirindo a forma de uma lógica proposicional, que seria o auge do desenvolvimento. No início do desenvolvimento da inteligência sensório-motora (até 1 mês de idade), os comportamentos globais da criança estão de­ terminados hereditariamente e apresentam-se sob a forma de esque­ mas reflexos. De 1 a 4 meses (2? sub-estágio), começam a aparecer as primeiras adaptações adquiridas e a assimilação distingue-se da aco­ modação, através das reações circulares primárias, ou seja, de repeti­ ções sucessivas nas quais os resultados são assimilados aos esque­ mas, modificando-os para permitir melhor adaptação às situações ex­ ternas. No terceiro sub-estágio (4 a 8 meses) aparecem as repetições de gestos que casualmente chegaram a produzir uma ação interes­ sante sobre as coisas. No quarto sub-estágio (8 a 12 meses), há apli­ cação de meios já conhecidos para resolver situações novas. No quinto sub-estágio (12 a 18 meses), a criança faz experiências com os objetos do meio externo e descobre novos meios para resolver certas situações. No sexto sub-estágio (18 meses aos 2 anos), aparece a pos­ sibilidade da invenção de novos meios por combinação mental ou por combinação de ações. Esse estágio já prevê uma mudança quali­ tativa na organização da inteligência, que passa de sensível e motora a mental, isto é, representativa e interiorizada. Paralelamente à construção da inteligência, ou do pensamento lógico, Piaget analisa a construção do universo, pela criança no VIDA E OBRA XIII estágio sensór...

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